Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2012

Poema sobre a recusa (Maria Teresa Horta)

Imagem
  Como é possível perder-te sem nunca te ter achado nem na polpa dos meus dedos se ter formado o afago sem termos sido a cidade nem termos rasgado pedras sem descobrirmos a cor nem o interior da erva. Como é possível perder-te sem nunca te ter achado minha raiva de ternura meu ódio de conhecer-te minha alegria profunda.

To Caroline (George Gordon Byron)

Imagem
You say you love, and yet your eye No symptom of that love conveys, You say you love, yet know not why, Your cheek no sign of love betrays.   Ah! did that breast with ardour glow, With me alone it joy could know, Or feel with me the listless woe, Which racks my heart when far from thee. Whene'er we meet my blushes rise, And mantle through my purpled cheek, But yet no blush to mine replies, Nor e'en your eyes your love bespeak.   Your voice alone declares your flame, And though so sweet it breathes my name, Our passions still are not the same; Alas! you cannot love like me.   For e'en your lip seems steep'd in snow, And though so oft it meets my kiss, It burns with no responsive glow, Nor melts like mine in dewy bliss.   Ah! what are words to love like mine, Though uttered by a voice like thine, I still in murmurs must repine, And think that love can ne'er be true,   Which meets m

Versos do dia

Imagem
Poema: põe a tua mão Autor: Fernando Pessoa

Quase um poema de amor (Miguel Torga)

Imagem
  Há muito tempo já que não escrevo um poema De amor. E é o que eu sei fazer com mais delicadeza! A nossa natureza Lusitana Tem essa humana Graça Feiticeira De tornar de cristal A mais sentimental E baça Bebedeira. Mas ou seja que vou envelhecendo E ninguém me deseje apaixonado, Ou que a antiga paixão Me mantenha calado O coração Num íntimo pudor, --- Há muito tempo já que não escrevo um poema De amor

Versos do dia

Imagem

Foi para ti que criei as rosas (Eugénio de Andrade)

Imagem
Foi para ti que criei as rosas. Foi para ti que lhes dei perfume. Para ti rasguei ribeiros e dei ás romãs a cor do lume.

Mors - Amor (Antero de Quental)

Esse negro corcel, cujas passadas Escuto em sonhos, quando a sombra desce, E, passando a galope, me aparece Da noite nas fantásticas estradas, Donde vem ele? Que regiões sagradas E terríveis cruzou, que assim parece Tenebroso e sublime, e lhe estremece Não sei que horror nas crinas agitadas? Um cavaleiro de expressão potente, Formidável, mas plácido, no porte, Vestido de armadura reluzente, Cavalga a fera estranha sem temor: E o corcel negro diz: "Eu sou a morte!" Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"