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Mostrando postagens de janeiro, 2013

Teu nome (Larissa Rocha)

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Teu nome é para mim como uma prece Chamo-o com uma adoração louca Quando digo, sinto o que me parece Uma carícia ao sair da minha boca   Posto que tu és como Deus Teu nome não se fala em vão Apenas sussurrado entre os lábios teus, Um segredo guardado em meu coração.   À noite um suspiro tremulou no peito meu Quando o disse em meu sonho – isto só eu sei. Não me olhes assim... que culpa tenho eu? Culpado é quem te deu esse nome de rei!     Teu nome que já foi meu mantra sagrado, Mantive-o em segredo por amor É o sinônimo de um sonho despedaçado... Hoje só de ouvi-lo sinto uma pontada de dor! Mais poemas meus em : http://www.astormentas.com/PT/par/poemas/Larissa%20Rocha

Versos do dia

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  Autor : Ruy Belo   

Esta manhã encontrei o teu nome (Maria do Rosário Pedreira)

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Esta manhã encontrei o teu nome nos meus sonhos e o teu perfume a transpirar na minha pele. E o corpo doeu-me onde antes os teus dedos foram aves de verão e a tua boca deixou um rasto de canções. No abrigo da noite, soubeste ser o vento na minha camisola; e eu despi-a para ti, a dar-te um coração que era o resto da vida - como um peixe respira na rede mais exausta. Nem mesmo à despedida foram os gestos contundentes: tudo o que vem de ti é um poema. Contudo, ao acordar, a solidão sulcara um vale nos cobertores e o meu corpo era de novo um trilho abandonado na paisagem. Sentei-me na cama e repeti devagar o teu nome, o nome dos meus sonhos, mas as sílabas caíam no fim das palavras, a dor esgota as forças, são frios os batentes nas portas da manhã.

Versos do dia

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 Poema: Stanzas to Jessy  Autor: Lordy Byron   " Há duas almas, cujo igual fluxo em fluxo suave tão calmamente correm que quando elas se separam- elas se separam?- ah não! elas não pode se separar- essas amlmas são uma"  

Original é o poeta (Ary dos Santos)

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  Original é o poeta que se origina a si mesmo que numa sílaba é seta noutro pasmo ou cataclismo o que se atira ao poema como se fosse um abismo e faz um filho ás palavras na cama do romantismo. Original é o poeta capaz de escrever um sismo. Original é o poeta de origem clara e comum que sendo de toda a parte não é de lugar algum. O que gera a própria arte na força de ser só um por todos a quem a sorte faz devorar um jejum. Original é o poeta que de todos for só um. Original é o poeta expulso do paraíso por saber compreender o que é o choro e o riso; aquele que desce á rua bebe copos quebra nozes e ferra em quem tem juízo versos brancos e ferozes. Original é o poeta que é gato de sete vozes. Original é o poeta que chegar ao despudor de escrever todos os dias como se fizesse amor. Esse que despe a poesia como se fosse uma mulher e nela emprenha a alegria de ser um homem qualquer.

Lacrimosa (Larissa Rocha)

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Se for pra ser assim, que seja o melhor pra ti,   Deve ser... Tu escolheste desse jeito Quanto a mim? Morro em silêncio Minha boca sufoca os gritos do meu peito.   Luto contra meu instinto natural Não quero voltar a ver-te (a quem tento enganar?) Mas se te vejo aqui na minha frente, Exaure-se em mim toda a vontade de lutar!   As vozes da ópera cantam sobre algo trágico...   E nossa tragédia está aqui, querido: Embebedar-se em doce ilusão, Morrer de amor sem dele ter vivido!   Por quanto tempo viveremos assim? Sempre que me aproximo, acabo ferida. Mas aceitaria novamente outra chance Nem que esta custasse minha própria vida!        Mais poemas meus em : http://www.astormentas.com/PT/par/poemas/Larissa%20Rocha

Versos do dia

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Poema : Escrevo diante da janela aberta Autor: Mário Quintana

Fanatismo (Florbela Espanca)

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Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida Meus olhos andam cegos de te ver! Não és sequer razão de meu viver, Pois que tu és já toda a minha vida! Não vejo nada assim enlouquecida… Passo no mundo, meu Amor, a ler No misterioso livro do teu ser A mesma história tantas vezes lida! “Tudo no mundo é frágil, tudo passa…” Quando me dizem isto, toda a graça Duma boca divina fala em mim! E, olhos postos em ti, vivo de rastros: “Ah! Podem voar mundos, morrer astros, Que tu és como Deus: princípio e fim!…”

Versos do dia

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Quanto mais claro Vejo em mim, mais escuro é o que vejo. Quanto mais compreendo Menos me sinto compreendido. Ó horror paradoxal deste pensar... (Fernando Pessoa) P.S. : Como estou tendo problemas com o carregador de imagens do bolgger, nesse post os versos do dia estarão separados da imagem.

Pássaro (Larissa Rocha)

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  costumava ouvir cantar um pássaro de melodia que embora dolorosa, pousava triunfante em meu papel. mas lhe arrancaram uma fibra nervosa agora já de voz rouca não mais em minha boca vem derramar seu mel. voz cansada, canção fraca...adoeceu talvez vi-o padecer dia após dia até que de minha folha voou hoje raramente me lembro de sua melodia. o que aconteceu, amigo? o que houve contigo? acaso a fonte onde bebias secou?   Mais poemas meus em http://www.astormentas.com/PT/par/poemas/Larissa%20Rocha 

Seus Olhos (Almeida Garrett)

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    Seus olhos - que eu sei pintar O que os meus olhos cegou – Não tinham luz de brilhar, Era chama de queimar; E o fogo que a ateou Vivaz, eterno, divino, Como facho do Destino. Divino, eterno! - e suave Ao mesmo tempo: mas grave E de tão fatal poder, Que, um só momento que a vi, Queimar toda a alma senti... Nem ficou mais de meu ser, Senão a cinza em que ardi.

Sobre o regaço (Gustavo Adolfo Bécquer)

  Sobre o regaço tinha o livro bem aberto; tocavam em meu rosto seus caracóis negros. Não víamos as letras nem um nem outro, creio; mas guardávamos ambos fundo silêncio. Por quanto tempo? Nem então pude sabê-lo. Sei só que não se ouvia mais que o alento, que apressado escapava dos lábios secos. Só sei que nos voltámos os dois ao mesmo tempo, os olhos encontraram-se e ressoou um beijo.

Versos do dia

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