Adeus, meus sonhos
Álvares de Azevedo é meu poeta favorito porque sempre que eu preciso, eu leio um verso dele e sinto como se tivesse sido escrito pra mim é como se ele realmente soubesse o que está se passando, como se me entendesse.

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto...
E minh’alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.
Que me resta, meu Deus?!... morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já que não levo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!
(Álvares de Azevedo)
Comentários
Postar um comentário