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Augusto dos Anjos: Uma visão trágica da vida

"Ah! Um urubu pousou na minha sorte!"         É assim que começa a segunda estrofe de um dos poemas mais conhecidos de Augusto dos Anjos: Budismo moderno. Essa tragicidade é uma das características mais marcantes do poeta, que já teve sua obra classificada como simbolista, parnasiana e pré-modernista. Sem entrar nessa questão das escolas literárias, quero fazer uma breve reflexão sobre essa visão trágica que permeia sua poesia.           O poeta paraibano Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu em Pau d'Arco em 1884 e morreu aos 30 anos, vítima de pneumonia, na cidade de Leopoldina - MG. Augusto dos Anjos morreu sem ter a sua poesia reconhecida, pelo contrário, ela foi rejeitada por ser pessimista e trágica, falando abertamente sobre a morte e a deterioração do corpo.        De fato, o poeta fugiu dos lugares-comum da poesia da época, usando palavras incomuns no vocabulár...