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Versos do dia

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Poema: Fui um doudo em sonhar tantos amores Autor: Álvares de Azevedo 

Infinito (Larissa Rocha)

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Após concluir a leitura de   A culpa é das estrelas  (John Green), fiquei refletindo sobre o amor e sua suposta eternidade. Não sou a pessoa mais qualificada para fazer uma resenha crítica sobre o livro (se bem que eu gostaria muito de fazê-la) mas, se me perguntassem eu diria simplesmente "arrebatador"; O assunto principal desse post é que acabei tecendo alguns versos que na verdade são uma homenagem e eu gostaria de compartilhá-los. "Alguns infinitos são maiores que outros." (Green) (fonte da imagem http://www.intrinseca.com.br/blogdasseries/2012/07/fan-arts-de-a-culpa-e-das-estrelas/) Se teu olhar é suficiente para me deixar extasiada, Vem amor, não façamos promessa alguma Olhe bem fundo nos meus olhos... não diga nada Deixe apenas eu unir minha boca a tua. Os infinitos são sempre tão ambiciosos... Não caia nessa tentação, nessa vaidade, Só me ofereça esses lábios fervorosos, Que um beijo apaixonado dura uma eternidade! Faça...

Vozes de um túmulo (Augusto dos anjos)

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Morri! E a Terra - a mãe comum - o brilho  Destes meus olhos apagou!... Assim  Tântalo, aos reais convivas, num festim,  Serviu as carnes do seu próprio filho!  Por que para este cemitério vim?!  Por quê?! Antes da vida o angusto trilho  Palmilhasse, do que este que palmilho  E que me assombra, porque não tem fim!  No ardor do sonho que o fronema exalta  Construí de orgulho ênea pirâmide alta,  Hoje, porém, que se desmoronou  A pirâmide real do meu orgulho,  Hoje que apenas sou matéria e entulho  Tenho consciência de que nada sou!  A efemeridade do ser humano por Augusto dos Anjos:  Nos versos acima fica clara a visão do poeta sobre a sociedade e sobre si mesmo, o "poeta do horrível" nos brinda mais uma vez com sua linguagem ácida e cheia de escárnio. No soneto Vozes de um túmulo são expostas as fraquezas humanas " Construí de orgulho ênea pirâmide alta" em contraposiçã...

Obituário (Larissa Rocha)

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Causa da morte: Melancolia profunda Devido a um grave trauma de amor Congelando todo sangue que o coração inunda Levando embora tudo, exceto a dor!   Assim quero escrito em meu papel de morte: Que por amor fui tirada da vida Até me foi negada a sorte De um beijo de despedida.   Preparem os documentos de antemão Pois faz tempo que só o corpo me restou Primeiro foi-se a calma, o riso e então, Por fim a alma me abandonou...   Quando te vi, tive como certeza, Desde aquele dia enlouqueci E não pude mais enxergar com clareza... Data da morte: dia em que te conheci !  

Versos do dia

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Poema: Flor de Ventura Autor: Almeida Garrett "Morrer de amor é uma beleza. abandoná-lo é solidão" (Nando Reis)

A bela encantada (Joaquim Manuel de Macedo)

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  (...) Se a visses... tão bela!... de branco vestida, Coas negras madeixas no colo a ondear, Tão só, qual princesa de um trono abatida, Cismando ao luar... Se a visses... tão branca, da lua ao palor Uma harpa sonora então dedilhar, E à margem do lago ternuras de amor Essa harpa entornar... Se então tu a visses... tão branca e tão bela Com a harpa inclinada no seio ao revés, Vertendo harmonias, com a lua sobre ela, E o lago a seus pés... Se a visses... não vejas, incauto mortal; Ah! foge! ind'é tempo; não pares aqui; Não fiques num sítio que é sítio fatal; Se não — ai de ti!... Não vejas a bela, que em vê-la há perigo; Estila dos lábios amávio traidor; Não vejas!... se a vires... — eu sei o que digo!... - Tu morres de amor!

Mors - Amor (Antero de Quental)

Esse negro corcel, cujas passadas Escuto em sonhos, quando a sombra desce, E, passando a galope, me aparece Da noite nas fantásticas estradas, Donde vem ele? Que regiões sagradas E terríveis cruzou, que assim parece Tenebroso e sublime, e lhe estremece Não sei que horror nas crinas agitadas? Um cavaleiro de expressão potente, Formidável, mas plácido, no porte, Vestido de armadura reluzente, Cavalga a fera estranha sem temor: E o corcel negro diz: "Eu sou a morte!" Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"