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Mostrando postagens com o rótulo saudade

Recomeço

Olá, leitor do Amor do Poeta! Se você está lendo esse post, ou já leu qualquer outro aqui no blog, eu gostaria de agradecer sua visita, é muito importante para mim, sinta-se bem-vindo(a), esse espaço é tão seu quanto meu.  Esse blog é um projeto que começou em 2011, com o objetivo de compartilhar meus poemas preferidos, e alguns de minha própria autoria. De lá até aqui, muita coisa aconteceu na minha vida, e passear pelas postagens mais antigas do blog é, para mim, como abrir uma cápsula do tempo. As angústias daquela época foram substituídas por novas, mas muitas paixões e alegrias permaneceram. É engraçado olhar para o "eu" do passado, e sentir aquele misto de orgulho e saudade, mas eu estou voltando a escrever no blog porque eu preciso dar uma olhada melhor no "eu" do presente.  Você pode ter percebido que o blog possui alguns gaps nas publicações (entrou em uma fenda espaço-temporal por alguns anos), mas estou tentando revivê-lo agora, porque a vida é uma ...

Saudade (Gilka Machado)

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De quem é esta saudade que meus silêncios invade, que de tão longe me vem? De quem é esta saudade, de quem? Aquelas mãos só carícias, Aqueles olhos de apelo, aqueles lábios-desejo... E estes dedos engelhados, e este olhar de vã procura, e esta boca sem um beijo... De quem é esta saudade que sinto quando me vejo

Longe de ti (Larissa Rocha)

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Talvez tu precises de mim E talvez eu fizesse bem pra tua vida Quem sabe, seria só tua minha boca carmesim, E eu seria a única pra curar tua ferida.                                                                               Me dói o coração estar longe de ti E logo de ti, que eu amo tanto… Queria que soubestes o carinho que sempre senti, Estou muito longe, entretanto. Há muito tempo sofro, meu amor, Depois de tantos anos ainda não te encontrei Mas ainda te amo com o mesmo fervor E é por esse amor antigo que não posso abandonar De ti, mesmo longe, eu sempre cuidei Lo...

Desconcerto (Larissa Rocha)

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Tua ausência me desconcerta, de tal jeito Que não sei se cabe mais vazio em mim, Ando perdida, quase enlouquecida Temendo que este seja o nosso fim.                                         Busco-te incessantemente, de um jeito insano Mas o silêncio vem de todos os lados... Mais um minuto sem ti e aqui estou Pagando por todos os meus pecados Já pensei em todas as formar de lidar Com essa dor, que é saudade infinda Mas essa agonia, só tua presença alivia... Só o timbre confortante da tua voz linda A saudade castiga como nunca fez antes Neste momento, o silêncio grita E tua falta, já me tirou quase tudo... Só uma folha em branco espera pra ser escrita. Mais poemas meus  aqui

Entrega (Larissa Rocha)

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Para V. No teu abraço forte e quente Se dissipam todos os meus medos, Minhas lágrimas se fazem segredo Eu poderia viver assim eternamente... Fora do teu laço, sou menina, Que triste e desamparada, chora As perdas e mágoas de outrora, Mas nos teus braços minha dor termina. E como encontrei teu abraço, O melhor de toda minha vida! Agora me vejo aqui rendida Ao amor que achei no teu regaço (Larissa Rocha) Para mais poemas de minha autoria clique  aqui

Ausência (Carlos Drummond de Andrade)

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Por muito tempo achei que a ausência é falta.  E lastimava, ignorante, a falta.  Hoje não a lastimo.  Não há falta na ausência.  A ausência é um estar em mim.  E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus  braços,  que rio e danço e invento exclamações alegres,  porque a ausência, essa ausência assimilada,  ninguém a rouba mais de mim.

Abandono (Larissa Rocha)

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A sensação é de ter acordado de um longo sono O corpo todo dormente, alma dolorida, Os olhos inchados... Marcas do abandono Na boca ainda o forte sabor da despedida! Levanto trôpega e tateio ao meu redor Tento em vão me acostumar com tua ausência, Com a ideia de que poderia ser pior, E com o fato de que estou à beira da demência. Talvez tudo isso tenha sido um sonho confuso Daqueles que se acorda pedindo socorro Com um sentimento impreciso e obtuso. Mas o sonho acabou, e minha vida foi-se também Junto com nosso sonho antigo eu morro Levando esse amor, desta vida para além. Flor Bela Rocha

Nos meus olhos (Larissa Rocha)

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Todo vez que meus olhos encontram tua face Num breve instante, a tua no meio da multidão, Vem uma dor, não sei de onde, no meu encalce E sinto um aperto forte no coração Esse aperto eu conheço bem, é a saudade De um romance rápido como um trovão Que deixou só a vontade De um amor que foi só minha ilusão Nos meus olhos eu tento te falar Aquilo que me falta coragem pra dizer A paixão que não posso mais esconder A vontade que eu tenho de te amar... A dor nos meus olhos, qualquer um pode ver Apenas tu não podes e me deixas assim a sofrer! Flor Bela Rocha  mais poemas meus  aqui

Poema (Mário Cesariny)

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Em todas as ruas te encontro em todas as ruas te perco conheço tão bem o teu corpo sonhei tanto a tua figura que é de olhos fechados que eu ando a limitar a tua altura e bebo a água e sorvo o ar que te atravessou a cintura tanto tão perto tão real que o meu corpo se transfigura e toca o seu próprio elemento num corpo que já não é seu num rio que desapareceu onde um braço teu me procura Em todas as ruas te encontro em todas as ruas te perco

Eu sei (Larissa Rocha)

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"Eu sei e você sabe Que a distância não existe Que todo grande amor Só é bem grande se for triste" (Vinicius de moraes)  Eu sei, tudo que dissestes é verdade Por mais que doa, e dói...  Eu sei, Era hora de encarar nossa dura realidade Mas também é verdade tudo que te falei. Tuas palavras continuam em minha mente Passam como um filme na minha cabeça E eu assistia a tudo passivamente... Nada fará com que eu esqueça. Aquilo doeu, e tua ausência ainda dói É um vazio que nunca será preenchido, A saudade lentamente me destrói, Faz-me desejar nunca ter te conhecido! Mas então não saberia o que sei agora Que amar às vezes é deixar partir, Tua maior prova de amor foi ir embora Eu sei, amor... E tudo isso por causa de ti! Mais poemas meus  aqui

Volta pra mim (Larissa Rocha)

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Volta pra mim, amor... Sinto tanta saudade! Talvez não passe de um sonho intangível Mas não quero viver nessa realidade Sem ti, viver já se tornou impossível! Se ainda resta algo do nosso amor Volta... Não consigo te esquecer. Ainda te amo... Volta, por favor! Tu bem sabes que não quero te perder Tenho ainda algumas coisas para te falar Do nosso amor eu nunca desisti, Essa distancia não pode acabar Com o amor que sinto por ti Eu não me acostumo com a tua ausência Por isso ainda te espero e te procuro Simplesmente tu és já minha essência Só quero fazer parte do teu futuro Ainda te quero de qualquer jeito As coisas não precisam ser assim Sei que nada mais será perfeito Não importa como, apenas volta pra mim! Mais poemas meus  aqui

A louca (Larissa Rocha)

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Para Marcelo Desde o dia que te vi partir Ando feito louca na rua Vivo quase sem existir E tudo isso é culpa tua! Enlouqueci ainda na flor da idade Sei que não foi tua intenção me magoar Mas me diz como manter a sanidade Se não posso mais te amar? Ando com a alma atormentada E ainda escuto tua voz na minha cabeça Não me deixes aqui abandonada Se não queres que eu enlouqueça Passo o dia encolhida pelos cantos E ouço dizer: “pobrezinha, enlouqueceu!” Quando os outros me veem aos prantos Entre soluços a chamar o nome teu Lagrimas inundam os olhos meus Quando sozinha na escuridão Lembro-me do teu último “adeus” Aquele que me fez perder a razão ! "Ai, a rua escura, o vento frio Esta saudade, este vazio Esta vontade de chorar Ai, tua distância tão amiga Esta ternura tão antiga E o desencanto de esperar Sim, eu não te amo porque quero Ai, se eu pudesse esqueceria! Vivo e vivo só porque te espero Ai, esta amargura, esta agonia...

Noite de saudade (Florbela Espanca)

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  A Noite vem poisando devagar Sobre a Terra, que inunda de amargura... E nem sequer a benção do luar A quis tornar divinamente pura...   Ninguém vem atrás dela a acompanhar A sua dor que é cheia de tortura... E eu oiço a Noite imensa soluçar! E eu oiço soluçar a Noite escura!   Porque és assim tão escura, assim tão triste?! é que, talvez, ó Noite, em ti existe Uma saudade igual à que eu contenho!   Saudade que eu sei donde me vem... Talvez de ti, ó Noite!... Ou de ninguém!... Que eu nunca sei quem sou, nem o que tenho!    

Teu nome (Larissa Rocha)

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Teu nome é para mim como uma prece Chamo-o com uma adoração louca Quando digo, sinto o que me parece Uma carícia ao sair da minha boca   Posto que tu és como Deus Teu nome não se fala em vão Apenas sussurrado entre os lábios teus, Um segredo guardado em meu coração.   À noite um suspiro tremulou no peito meu Quando o disse em meu sonho – isto só eu sei. Não me olhes assim... que culpa tenho eu? Culpado é quem te deu esse nome de rei!     Teu nome que já foi meu mantra sagrado, Mantive-o em segredo por amor É o sinônimo de um sonho despedaçado... Hoje só de ouvi-lo sinto uma pontada de dor! Mais poemas meus em : http://www.astormentas.com/PT/par/poemas/Larissa%20Rocha

Esta manhã encontrei o teu nome (Maria do Rosário Pedreira)

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Esta manhã encontrei o teu nome nos meus sonhos e o teu perfume a transpirar na minha pele. E o corpo doeu-me onde antes os teus dedos foram aves de verão e a tua boca deixou um rasto de canções. No abrigo da noite, soubeste ser o vento na minha camisola; e eu despi-a para ti, a dar-te um coração que era o resto da vida - como um peixe respira na rede mais exausta. Nem mesmo à despedida foram os gestos contundentes: tudo o que vem de ti é um poema. Contudo, ao acordar, a solidão sulcara um vale nos cobertores e o meu corpo era de novo um trilho abandonado na paisagem. Sentei-me na cama e repeti devagar o teu nome, o nome dos meus sonhos, mas as sílabas caíam no fim das palavras, a dor esgota as forças, são frios os batentes nas portas da manhã.

Apenas uma carta (Larissa Rocha)

Bahia, 27 de dezembro de 2012.         Obrigada por todo o tempo da tua vida que tens dedicado a mim e por todo o tempo que já sonhaste em dedicar. As lembranças continuam na minha mente pois quando estamos juntos eu desejo com cada pedaço do meu coração cuidar e precisar de ti, nunca te abandonar.    O tempo, meu amor, o tempo passa tão assustadoramente rápido, principalmente pelo futuro incerto que temos pela frente entretanto, tenho uma inocente esperança de que um dia caminharei em tua direção e nós nos abraçaremos e ficaremos assim por longos minutos, nos quais direi o quanto tu significas para mim enquanto tuas mãos gentis e leves passearão pelo contorno da minha cintura... Daria tudo para que esse momento fosse agora!     Não há nada que eu queria mais do que essa chance, uma única de te fazer feliz e amado. Juro que não te arrependerás, deixa-me ver esse sorriso lindo todos os dias e principalmente...

Versos do dia

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Poema sobre a recusa (Maria Teresa Horta)

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  Como é possível perder-te sem nunca te ter achado nem na polpa dos meus dedos se ter formado o afago sem termos sido a cidade nem termos rasgado pedras sem descobrirmos a cor nem o interior da erva. Como é possível perder-te sem nunca te ter achado minha raiva de ternura meu ódio de conhecer-te minha alegria profunda.

Foi então que o encontro (Larissa Rocha)

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  Foi então que o encontro Subitamente virou desentendimento Deixou na boca o gosto amargo De tristeza e desalento. E o que antes eram suspiros de deleite Hoje são soluços de saudade, Chegou ao fim nossa ilusão... Despertamos para dura realidade. “Não será sempre assim”, ele dissera. Mas com a distância entre nós Também, pudera! Tudo acabou como dissabor Só não acabou ainda Oh não, o nosso amor!   Mais poemas meus em http://www.astormentas.com/PT/par/poemas/Larissa%20Rocha

Longe de ti (Olavo Bilac)

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XXXI Longe de ti, se escuto, porventura, Teu nome, que uma boca indiferente Entre outros nomes de mulher murmura, Sobe-me o pranto aos olhos, de repente... Tal aquele, que, mísero, a tortura Sofre de amargo exílio, e tristemente A linguagem natal, maviosa e pura, Ouve falada por estranha gente... Porque teu nome é para mim o nome De uma pátria distante e idolatrada, Cuja saudade ardente me consome: E ouvi-lo é ver a eterna primavera E a eterna luz da terra abençoada, Onde, entre flores, teu amor me espera.