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Mostrando postagens com o rótulo sonho

Saudade (Gilka Machado)

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De quem é esta saudade que meus silêncios invade, que de tão longe me vem? De quem é esta saudade, de quem? Aquelas mãos só carícias, Aqueles olhos de apelo, aqueles lábios-desejo... E estes dedos engelhados, e este olhar de vã procura, e esta boca sem um beijo... De quem é esta saudade que sinto quando me vejo

Ballerina (Larissa Rocha)

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Olá pessoal!  2015 finalmente chegou no blog, gostaria de desejar um ótimo ano para todos e dizer que não abandonei o blog não, as postagens estão menos frequentes por causa da faculdade que tem tomado uma grande parte do meu tempo. O primeiro poema do ano é um poema meu em homenagem a todas as bailarinas, e em geral, a maravilhosa arte de dançar!  "Voar sempre, cansa -  por isso ela corre  em passo de dança"  (Eugénia Tabosa) Ela é um anjo na ponta dos pés Ela é um anjo, de asas fortes e elegantes, Com movimentos belos e graciosos Em cima do palco, ela tem olhos brilhantes. Ela é um anjo que pode dançar Tem o poder de encantar toda a gente Com seus saltos e piruetas, está quase a voar E nada nunca a fez tão contente! O vídeo a seguir é uma performance da minha bailarina preferida, Svetlana zakharova, vale a pena conferir:   Para mais poemas meus clique  aqui "Perdido seja para nós aquele dia ...

Ariel e Caliban (Larissa Rocha)

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Um deles é o sopro de ar freso em perturbada mente, O outro transforma em cinzas meu coração ardente Um é o meu porto seguro, tranquilo e bondoso, O outro é a inconstância de um mar revoltoso. Como na Tempestade de Shakespeare, eles são Assim tão diferentes, mas dividem meu coração  Meu espírito é consumido por uma dúvida vã E meu coração dividido entre Ariel e Caliban!  Flor Bela Rocha

Passei a noite toda, sem dormir (Fernando Pessoa)

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Passei toda a noite, sem dormir, vendo, sem espaço, a figura dela,  E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela.  Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala,  E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança.  Amar é pensar.  E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela.  Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela.  Tenho uma grande distracção animada.  Quando desejo encontrá-la  Quase que prefiro não a encontrar,  Para não ter que a deixar depois.  Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero. Quero só Pensar nela.  Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar.  

Não importa (Larissa Rocha)

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Não importa quanto tempo leve Quantas vidas eu tenha que viver De quantos sonhos tenha que abrir mão... Faria o que fosse preciso fazer Não importa quantos versos eu escreva Nunca bastaria pra te falar do meu amor. Mesmo se eu sofrer, mesmo se chorar, Pra estar contigo, farei o que preciso for. Saiba que também a distância não importa No meu pensamento posso te alcançar E toda vez que estiveres triste, Terás meu abraço pra te acalmar! Mais poemas meus  aqui

Vai-te, Poesia! (José Gomes Ferreira)

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Vai-te, Poesia!  Deixa-me ver a vida  exacta e intolerável  neste planeta feito de carne humana a chorar  onde um anjo me arrasta todas as noites para casa pelos cabelos  com bandeiras de lume nos olhos,  para fabricar sonhos  carregados de dinamite de lágrimas.  Vai-te, Poesia!  Não quero cantar.  Quero gritar!

Volta pra mim (Larissa Rocha)

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Volta pra mim, amor... Sinto tanta saudade! Talvez não passe de um sonho intangível Mas não quero viver nessa realidade Sem ti, viver já se tornou impossível! Se ainda resta algo do nosso amor Volta... Não consigo te esquecer. Ainda te amo... Volta, por favor! Tu bem sabes que não quero te perder Tenho ainda algumas coisas para te falar Do nosso amor eu nunca desisti, Essa distancia não pode acabar Com o amor que sinto por ti Eu não me acostumo com a tua ausência Por isso ainda te espero e te procuro Simplesmente tu és já minha essência Só quero fazer parte do teu futuro Ainda te quero de qualquer jeito As coisas não precisam ser assim Sei que nada mais será perfeito Não importa como, apenas volta pra mim! Mais poemas meus  aqui

Serenata (Cecília Meireles)

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  Permita que eu feche os meus olhos, pois é muito longe e tão tarde! Pensei que era apenas demora, e cantando pus-me a esperar-te. Permite que agora emudeça: que me conforme em ser sozinha. Há uma doce luz no silencio, e a dor é de origem divina. Permite que eu volte o meu rosto para um céu maior que este mundo, e aprenda a ser dócil no sonho como as estrelas no seu rumo.

Fui um doudo em sonhar tantos amores (Álvares de Azevedo)

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Fui um doudo em sonhar tantos amores... Que loucura, meu Deus! Em expandir-lhe aos pés, pobre insensato, Todos os sonhos meus!   E ela, triste mulher, ela tão bela, Dos seus anos na flor, Por que havia sagrar pelos meus sonhos Um suspiro de amor?   Um beijo — um beijo só! eu não pedia Senão um beijo seu E nas horas do amor e do silêncio Juntá-la ao peito meu!   (..)   Meus Deus! por que sonhei e assim por ela Perdi a noite ardente... Se devia acordar dessa esperança, E o sonho era demente?...   Eu nada lhe pedi: ousei apenas Junto dela, à noitinha, Nos meus delírios apertar tremendo A sua mão na minha!   (...)   Mas vota ao menos no lembrar saudoso Um ai ao sonhador... Deus sabe se te amei!... Não te maldigo, Maldigo o meu amor!...   Mas não... inda uma vez... Não posso ainda Dizer o eterno adeus E a sangue frio renegar dos sonhos E blasfemar de Deus...

Versos do dia

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  Autor : Ruy Belo